quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Na verdade, eu pensava em caminhar



Escuridão, um ruído avassalador, minhas maiores relíquias. Por um milésimo de segundos, a imagem inanimada do que não existiu assombra-me a visão. Uma luz, um nada. Nada do que seja legítimo me é atraente, não agora. O balanço de uma mão que me acarinha, que me alivia. Um sopro impetuoso arrebata-me à essência perdida... O teto desaba! Nada vejo, o sol queima-me os olhos. Prossigo de tal modo, desorientado. Busco insaciavelmente pela sombra que me resguardou, quando sou impulsionado ao submerso. O válido adentra-me sem pedir permissão. Não há mais volta, não há o que fazer. É hora de crescer! Despeço-me do sombrio desatinado e sigo à consolidação do sonho de menino. Correr se faz necessário, o mais rápido que eu puder. Tropeços, Lapsos e Obstáculos. Desperdicei preciosos atalhos, conseqüências virão, eu sei que sim. Na verdade, eu pensava em caminhar, assim sendo, passo a passo. Dediquei-me ao que me era conforto, agora se preciso for, voarei ininterruptamente. Que a aptidão me seja suficiente, amém.  

"A pé, até encontrar um caminho... um lugar, pro que eu sou."

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